A empresa angolana Fabrimetal, com capitais estrangeiros, inaugurou uma unidade de produção de varões de aço, que até agora não eram produzidos no país, num investimento de 21 milhões de dólares (17,7 milhões de euros). A siderúrgica Fabrimetal localizada no polo industrial de Viana, foi inaugurada pelo ministro de Estado para a Coordenação Econômica, Manuel Nunes Júnior, que destacou os “grandes esforços cambiais” para assegurar a importação deste tipo de produto, que custava aos cofres do Estado a média anual de três milhões de dólares (dois milhões de euros).
A unidade industrial pretende reforçar a sua posição no mercado nacional, enquanto produtor de varão de aço e de produtos complementares, barras cantoneiras e perfis, que no país ainda não se produzem. Com este investimento próprio, a fábrica atinge uma capacidade instalada de 90.000 toneladas anuais, dando emprego a mais 100 colaboradores nacionais e 15 estrangeiros, atingindo um total de 677 trabalhadores.
Em 2010, a capacidade instalada era de 3.000 toneladas por mês, passado cinco anos depois para 7.000 toneladas mensais e hoje para 12.000 toneladas/mês, com a produção 60% abaixo das condições da empresa, devido à falta de sucata recebida e ao fornecimento insuficiente de energia. Atualmente a fábrica tem uma rede de fornecedores, que diariamente recolhem sucata em diversos locais do país, numa média diária de 250 toneladas.
A respeito disso, Manuel Nunes Júnior disse que o Governo está trabalhando para alargar a aquisição de sucata, atualmente com 21 fornecedores, a todos os setores da economia, passando a fazer parte as indústrias petrolíferas e mineira, além de outras não tradicionais na produção de sucata. De 2017 até 2020, o grupo empresarial com mais de uma década de experiência na produção de aço, com unidades fabris também na República Democrática do Congo, Ruanda, Gana, Burkina Faso, Mali e Senegal, investiu 21.153.417,56 milhões de dólares na aquisição de máquinas de corte, manuseamento e processamento de sucata ferrosa, forno de fundição e linha de produção, com laminação a quente.
Na sua intervenção, Manuel Nunes Júnior frisou que o executivo angolano tem focado a sua ação governativa no aumento da produção nacional, tendo como base a revitalização da base produtiva do país, com vista ao relançamento do crescimento econômico e o aumento do número de empregos em Angola. “Temos que retomar a trajetória de crescimento econômico do nosso país, como sabemos foi interrompida com a crise econômica financeira que eclodiu em 2014”, disse.