Seja no momento de carga e descarga, seja por ficar muito tempo sem funcionamento, um caminhão parado gera diversos prejuízos para a empresa. Afinal, o tempo em que o veículo está ocioso poderia ser utilizado para ampliar a receita da companhia. No entanto, a perda vai muito além da questão econômica. Para melhorar a gestão da frota de caminhões da sua empresa, conheça os principais prejuízos de um caminhão parado!
Desgaste do caminhão
Com o veículo parado, a empresa deixa de realizar novas viagens e, assim, tem o lucro reduzido. No entanto, os prejuízos não são apenas financeiros. Há ainda o desgaste do motor, especialmente se o motorista deixar o caminhão ligado enquanto não estiver rodando e não fizer a adequada manutenção da frota.
O ideal é desligar o motor sempre que for parar para abastecer, em grandes congestionamentos ou ao realizar a carga/descarga. Muitos motoristas se opõem a isso por achar que deixar o veículo em ponto morto gasta menos combustível do que ficar ligando e desligando o motor. Porém, a realidade é o contrário. Além de não economizar combustível, a prática de dirigir em ponto morto aumenta o desgaste do sistema de frenagem.
Custo de diária
Um veículo parado também pode acarretar em demora para que a transportadora cumpra um contrato. Com isso, pode haver necessidade de pagar horas extras para a equipe e ter custos com diárias do motorista, já que pode ser preciso providenciar alimentação e hospedagem, por exemplo.
Atrasos
Um caminhão parado também pode afetar a logística de entrega. Demoras na carga e descarga do veículo, por exemplo, podem gerar atrasos nas viagens seguintes e causar prejuízos para a rotina da empresa. Com essas informações sobre os prejuízos e os custos de um caminhão parado, o gestor pode realizar um melhor controle de frota para diminuir as perdas e ampliar o potencial da área logística.
Perda de oportunidades por falta de monitoramento
Com o caminhão fora das estradas, a transportadora perde oportunidades de serviço. É preciso ficar atento ao tempo que o veículo ficará na manutenção de emergência ou na carga e descarga. Para que não ocorram imprevistos, monitorar a frota é essencial. O ideal é que o próprio contrato de frete estipule o tempo máximo em que um caminhão poderá ficar parado. No entanto, caso isso não ocorra, a Lei 11.442/07, alterada pela Lei 13.103/15, estipula o valor por tonelada/hora e define que o prazo máximo é de 5 horas. Assim sendo, a contar da chegada do caminhão ao endereço, começa a correr o prazo de 5 horas para a finalização da operação de descarga. Caso o processo não seja executado dentro desse limite, será devida a quantia de R$ 1,38 (um real e trinta e oito centavos) por tonelada/hora. Obviamente, esse valor não é fixo. Todos os anos ele é atualizado, levando-se em consideração a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
Além disso, é interessante mencionar que a Lei determina que o embarcador e o destinatário devem fornecer ao transportador um documento que comprove o horário em que o caminhão chegou e saiu de suas dependências. Caso a norma não seja cumprida, haverá a imposição de multa pela ANTT, que poderá chegar até 5% do valor da carga. Ou seja, a legislação protege o transportador e permite que ele consiga provar o seu direito ao adicional pelo tempo em que o caminhão ficou parado.