Passados dez anos da promulgação da lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em agosto de 2010, o Brasil avançou pouco nas ações previstas, principalmente quanto à geração de lixo. Em uma década, o País viu a produção de resíduos sólidos urbanos crescer 11%, passando de 71,2 milhões de toneladas por ano em 2010 para 79 milhões de toneladas agora. Individualmente, os cidadãos geraram cerca de 1,6% mais lixo: antes, eram 373 quilos anualmente por indivíduo e agora são 380 quilos.
13,5% desse montante é composto de plástico, o Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico no mundo com 113 milhões de toneladas de plástico produzido por ano, o equivalente a 145 mil toneladas e apenas 1,28% são reinseridas na cadeia produtiva. Esse incremento também veio acompanhado de leve aumento na cobertura de coleta, que foi de 89% para 92% em todo o País, mas 6,3 milhões de toneladas de lixo continuam abandonadas no meio ambiente a cada ano. Os dados comparativos apresentados com exclusividade pelo Estadão são da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e os números mais recentes fazem parte do Panorama dos Resíduos Sólidos 2018/2019.
A quantidade de resíduo plástico é insustentável não só pela questão ambiental, porque ameaça a preservação da natureza e a vida marinha, mas também porque economicamente o mundo tem uma perda de 5,7 bilhões de reais ao ano por não arcar com esse problema (isso se 10,5 milhões de toneladas brasileiras anuais de plástico fossem recicladas, de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb)!
O cenário se torna ainda mais desafiador por causa da cultura descartável, do baixo índice de reciclagem, da gestão de lixo desenfreada, do descarte incorreto dentro outros motivos! Mas também buscamos diariamente soluções e alternativas mais sustentáveis pra diminuir o nosso impacto ambiental e compartilharmos dicas práticas e realistas com vocês pra que também façam sua parte. Estamos juntos!
Produção de aço bruto caiu em 2020
Os dados mais recentes da World Steel Association (worldsteel) mostram que a produção global de aço bruto foi de 1.864,0 milhões de toneladas em 2020, queda de 0,9% em relação a 2019.
A Ásia produziu 1 374,9 milhões de toneladas do total geral, um aumento de 1,5%. A maior parte veio obviamente da China, cujo total de 1.053,0 milhões de toneladas indica um aumento de 5,2%, aumentando sua participação na produção global de 53,3% em 2019 para 56,5% em 2020. Por outro lado, a produção de aço bruto da Índia no ano passado caiu 10,6%. O Japão caiu 16,2% e a Coreia do Sul caiu 6,0%.
O total da UE de 138,8 milhões de toneladas caiu 11,8% em 2019, enquanto a América do Norte caiu 15,5%, com os Estados Unidos produzindo 72,7 milhões de toneladas, queda de 17,2%.
Aqueles que relataram aumento na produção incluem Turquia (alta de 6% para 35,8 milhões de toneladas), Oriente Médio (alta de 2,5% para 45,4 milhões de toneladas), a CEI (alta de 1,5% para 102,0 milhões de toneladas) e Irã (alta de 13,4% para 29,0 milhões de toneladas).
